sábado, 10 de janeiro de 2015

RESENHA - Filhos do Éden - ANJOS DA MORTE


Filhos do éden – Anjos da Morte “Da dor eu me alimento, do sangue me sacio, e do ódio eu aumento.”

Anjo da MorteCom esse pensamento retirado de um site começo minha resenha pronto para a guerra!

O enredo inicia-se quando os malakins, anjos estudiosos, solicitam a ajuda de “exilados” para anotar as façanhas militares, os movimentos de tropas na terra.Eduardo, apresenta para seus leitores, um personagem carismático, com o foco em seu passado.O cenário é a Segunda Mundial e suas descrições absolutamente sem exagero  tornam o  leitor da obra mais aconchegado.Sob o disfarce de um soldado comum o anjo renegado Denyel tem a dura tarefa de viver e presenciar guerras, tramas e assassinar quem lhe fosse ordenado.A trama começa como uma metralhadora prestes à atirar com Denyel em ação, como um legítimo soldado.Ao desenrolar da história, vemos Denyel vivendo como um ser humano , mas apesar de tudo um ser humano que ao longo do tempo passa a ser corrompido pela guerra que não passa de um jogo.Em outra narrativa estão Kaira, Urakin e Ismael, todos no tempo presente continuando a trama de Herdeiros de Atlântida. Digamos se fosse dividi-las a trama do trio fazendo uma comparação seria “Gelo” e a trama de Denyel seria “Fogo”.Explico-lhes. A trama do trio é mais enigmática e cheias de pontas que sei que serão amarradas no próximo livro LIVRO 3: Paraíso Perdido. Talvez por isso que me atraí mais pela trama de Denyel. A sua jornada é a mais interessante e ficamos com mais vontade de ver seu desfecho, pois Eduardo não ameniza a obra com cenas violentas num tom mais sombrio e adulto do livro.

Não há desperdício de nada na trama e ao final ficamos com gosto de quero mais pelo ótimo epilogo.As missões de Denyel são atraentes e em um momento eu fiquei pensando que seriam descartáveis, a minoria, que não acrescentariam nada ao livro. Mas me enganei, pois Eduardo usa uma delas para justificar as próximas missões e uma em que Denyel passa a matar anjos sem saber o porquê.A psicologia dos personagens e a profundidade dada ao protagonista fazem Anjos da Morte mais realista e humano que os outros livros de Eduardo Spohr.Dos lançamentos recentes de literatura Eduardo nos mostra que é capaz de quebrar preconceitos com a literatura brasileira escrevendo com excelente pesquisa e dedicação um livro ótimo que entretêm  e faz amadurecer.Até onde o ser humano pode declinar e fazer levado ao extremo limite numa guerra de ideias e princípios?


Michel Chagas

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