sábado, 10 de janeiro de 2015

ÊXODO - DEUSES E REIS - COMENTÁRIOS


Faz algum tempo que cheguei do cinema e gostei bastante do filme.
Tenho religião mas não sigo a risca. Nunca li o livro Êxodo da bíblia, mas mesmo que você não tenha religião a história que é contada na bíblia é muito fascinante e com certeza levado como um livro fantástico é algo que dispensa discussões.
O filme é bem manejado e se torna aos poucos uma atração bem satisfatória.
Pra mim o filme foi honesto e não há o que reclamar. Nem vejo muito motivo para causar revolta de religiosos como Noé causou.
Uma das causas talvez da pouca bilheteria de Êxodo é talvez o fato de não terem gostado de Noé. Então dispensaram o filme.
É inútil querer que um filme siga a risca a bíblia. Assim como ninguém realmente sabe como aconteceu não tem porque odiar filme ou proibir exibição em certos países, lamentável.
Um dos pontos fortes do filme é a metáfora, não sei se isso pode ser tratado como uma metáfora, a sacada de Deus ser apenas
uma criança. Foi mais honesto do que colocar voz ou trovões. Deus como criança entrega a "talvez" falta de "limites" em seus atos no Antigo Testamento.

Gostei bastante do filme.

RESENHA - O ESPADACHIM DE CARVÃO


Existir ou Viver? Teoria ou Prática?
O Espadachim de Carvão, Adapak é um jovem que vivem com o seu pai em uma ilha sagrada de Kurgala onde é cercado por muita teoria Voltado para o Conhecimento Divino que seu pai lhe dispôs.
Ao completar 19 ciclos de idade no entanto tudo que ele aprendeu, toda teoria foi posta em pratica. Sua ilha é invadida por um grupo de assassinos e Adapak precisa usar de todo seu conhecimento para lidar com um mundo cheio de tramas e trapaças.
Afonso apresenta para seus leitores um personagem carismático que aprende a cada passo e como a trama é feita de surpresas, descobrimos as trapaças junto com o herói.
Isso faz com que o leitor não pare de ler até ler o seu desfecho.
Confesso que esperava o desfecho para ter uma conclusão e avaliação do livro. Sem o desfecho o livro é bem escrito, dinâmico e simples; mas com o desfecho ele se torna maior e costura tudo que foi construído antes.
As frases que marcam todo início de capitulo são ótimas para futuros livros lançados como o de Tamtul e Magano.
O mundo criado é fantástico e abre portas para infinitos lançamentos.
Viver e existir são coisas diferentes? Do que vale existir com Toda Teoria Sem viver toda a prática que o mundo oferece?

RESENHA - Filhos do Éden - ANJOS DA MORTE


Filhos do éden – Anjos da Morte “Da dor eu me alimento, do sangue me sacio, e do ódio eu aumento.”

Anjo da MorteCom esse pensamento retirado de um site começo minha resenha pronto para a guerra!

O enredo inicia-se quando os malakins, anjos estudiosos, solicitam a ajuda de “exilados” para anotar as façanhas militares, os movimentos de tropas na terra.Eduardo, apresenta para seus leitores, um personagem carismático, com o foco em seu passado.O cenário é a Segunda Mundial e suas descrições absolutamente sem exagero  tornam o  leitor da obra mais aconchegado.Sob o disfarce de um soldado comum o anjo renegado Denyel tem a dura tarefa de viver e presenciar guerras, tramas e assassinar quem lhe fosse ordenado.A trama começa como uma metralhadora prestes à atirar com Denyel em ação, como um legítimo soldado.Ao desenrolar da história, vemos Denyel vivendo como um ser humano , mas apesar de tudo um ser humano que ao longo do tempo passa a ser corrompido pela guerra que não passa de um jogo.Em outra narrativa estão Kaira, Urakin e Ismael, todos no tempo presente continuando a trama de Herdeiros de Atlântida. Digamos se fosse dividi-las a trama do trio fazendo uma comparação seria “Gelo” e a trama de Denyel seria “Fogo”.Explico-lhes. A trama do trio é mais enigmática e cheias de pontas que sei que serão amarradas no próximo livro LIVRO 3: Paraíso Perdido. Talvez por isso que me atraí mais pela trama de Denyel. A sua jornada é a mais interessante e ficamos com mais vontade de ver seu desfecho, pois Eduardo não ameniza a obra com cenas violentas num tom mais sombrio e adulto do livro.

Não há desperdício de nada na trama e ao final ficamos com gosto de quero mais pelo ótimo epilogo.As missões de Denyel são atraentes e em um momento eu fiquei pensando que seriam descartáveis, a minoria, que não acrescentariam nada ao livro. Mas me enganei, pois Eduardo usa uma delas para justificar as próximas missões e uma em que Denyel passa a matar anjos sem saber o porquê.A psicologia dos personagens e a profundidade dada ao protagonista fazem Anjos da Morte mais realista e humano que os outros livros de Eduardo Spohr.Dos lançamentos recentes de literatura Eduardo nos mostra que é capaz de quebrar preconceitos com a literatura brasileira escrevendo com excelente pesquisa e dedicação um livro ótimo que entretêm  e faz amadurecer.Até onde o ser humano pode declinar e fazer levado ao extremo limite numa guerra de ideias e princípios?


Michel Chagas